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Apesar da previsão legal, a guarda compartilhada ainda é pouco efetiva. Isso ocorre porque sua aplicação prática depende da cooperação entre os pais, muitas vezes separados há pouco tempo e com muitas mágoas. Após a fixação das regras e adaptação, ela não deve ser um fator de estresse ou problemas emocionais e psicológicos para a criança ou para os pais.
Compartilhar a guarda pode minimizar os impactos da separação do casal na vida das crianças, e para isso é necessário que ambos estejam conscientes do planejamento que deverá ser feito e, mais importante ainda, deverá ser cumprido corretamente.
Ausências injustificadas e consecutivas, atrasos, negligência com os compromissos do filho e com os cuidados básicos durante o período da criança com o pai são causas para a revisão da guarda compartilhada. Para isso elenquei 03 lições para te ajudar na prática:
1) O planejamento é essencial
Para compartilharem a guarda deve-se pensar em muitos aspectos da vida das crianças e dos seus responsáveis, por essa razão cada um deve, sozinho, analisar quais são as rotinas e horários, estilo de vida, dificuldades práticas, medos e anseios, antes de se reunirem para estabelecer as regras.
Optar por refletir sobre isso em conjunto tende a dificultar, já que discutir cada detalhe conforme um dos dois se lembre dele torna a tarefa mais desgastante.
2) Manter o foco nas crianças
O grande objetivo de ambos os pais deve ser garantir que as crianças se sintam seguras e amadas, bem como proporcionar a elas boa formação: educação, saúde, fé, relacionamentos sociais, entre outras questões.
A nova rotina das crianças não deve tornar suas vidas complicadas ou estressantes.
Atenção: não adianta perguntar a elas, já que são imaturas e, além disso, podem temer desagradar. Então, o mais importante é focar nos sinais que eles vão passar.
3) Limitar a participação das crianças nas discussões
Os sentimentos dos filhos devem ser respeitados, mas sua presença nessas conversas podem acarretar mais prejuízos que benefícios. Antes de inclui-los os pais devem conversar entre si para avaliar se ambos acreditam ser uma boa opção.
A participação dos filhos não deve ser forçada sem que um dos pais concorde com a ação ou sem que as crianças estejam à vontade com isso.
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